quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

A greve não acabou

por André Costa Branco
Manifestações unificadas contra as atitudes políticas do governador Beto Richa (PSDB) tomaram todo o Estado do Paraná na manhã desta quarta-feira (25).
Em Londrina, cerca de 2500 pessoas participaram de uma assembleia que reuniu docentes, servidores e estudantes da Universidade Estadual de Londrina (UEL) na Concha Acústica para explicar à população por que as universidades estão em greve. “Não vamos demorar muito aqui, porque o que queremos é gastar sola de sapato na rua”, conclamou o professor Kennedy Piau, pouco antes das 10h, quando a marcha começou a andar.
O grupo também foi apoiado por sindicatos de outras categorias (saúde, agentes penitenciários, jornalistas). A passeata passou por todo o calçadão, descendo a Avenida Higienópolis, onde terminou o trajeto, sob chuva fina, na rotatória com a avenida JK.
O objetivo era chamar a atenção da comunidade externa para a importância da Universidade e da educação pública na vida do londrinense. Com uma boa pitada de carnaval, foram incrementados gritos de ordem, marchinhas, bonecos e até um, literalmente, pacotaço, feito de papelão, para representar as maldades do governador.
FIM DA GREVE?
Graças ao instrumento legal da greve, o funcionalismo público impediu o tratoraço de Beto Richa por todo o Paraná. Porém, nem todos os itens do pacotaço foram retirados de pauta. A nossa luta é ampla, e o governador limita o seu campo de diálogo aos reitores e a alguns poucos sindicatos para não abarcar toda a discussão proposta e excluir o movimento grevista. Ao mesmo tempo, tenta usar a mídia para pressionar covardemente pelo fim da greve.
Richa não desistiu de reenviar à Assembleia Legislativa o projeto para mexer na previdência dos trabalhadores e, para tal, pensa que consegue desarticular um movimento forte e digno. Por tudo isso e pela defesa de um ensino público, gratuito e de qualidade, A GREVE CONTINUA. Toda força à nossa luta!

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