Na próxima quarta-feira (4), os professores se reúnem em assembleia para decidir os rumos do movimento grevista. |
Diretores do Sindiprol/Aduel se reuniram na última quarta-feira (25) com os titulares das secretarias da Casa Civil, Trabalho e Administração e Previdência (Seap), além de representantes da ParanáPrevidência e da Procuradoria do Estado, e ouviram mais mentiras do governo paranaense. A Seap se comprometeu a fazer um estudo sobre a questão previdenciária que seria debatido amplamente com os sindicalistas.
Mas - não para a surpresa dos docentes da UEL, que já estão acostumados à falta de palavra do governo - o combinado não foi cumprido. O chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra, admitiu à Folha de Londrina nesta quinta-feira (26) que vai reenviar à Assembleia Legislativa (Alep) o projeto que sequestra os 8 bilhões da ParanaPrevidência. "Quem tiver colocações e quiser propor eventuais alterações, irá fazer através de emendas" afirmou Sciarra, evidenciando que não pretende alterar o projeto antes de enviá-lo à Alep, onde Beto Richa controla a maioria dos deputados.
Em reunião com os reitores, o governo deixou claro que também não abrirá mão de anular a Autonomia Universitária prevista na Constituição Federal. Em reunião fechada e sem consultar a comunidade universitária, Richa e reitores das sete universidades paranaenses concordaram com a criação de um grupo de trabalho encarregado de elaborar um "projeto" de Autonomia. O grupo, comandado pelo secretário de Ciência e Tecnologia, João Carlos Gomes, será composto pelos sete reitores, um representante da Secretaria da Fazenda e apenas dois representantes dos servidores.
A greve continua!
A essa altura, Richa já tem a postos uma equipe de marqueteiros tentando cuidadosamente construir a imagem de que o governo está negociando com os grevistas que, de acordo com a versão do Palácio do Iguaçu, são intransigentes. "(...) entendemos que, com o atendimento às reivindicações, nossas universidades podem retornar às atividades (..)", declarou o titular da SETI aos órgãos da imprensa oficial paranaense.
Trata-se de mais uma falácia: as reivindicações dos grevistas não foram atendidas ou sequer discutidas propriamente. Os representantes dos docentes universitários não foram recebidos pelo governador em pessoa, ao contrário dos reitores, de repórteres e até de vereadores de londrina, que parecem ter trânsito livre pelo gabinete de Beto Richa.
Assim, é necessário reafirmar a continuidade da greve. O intenso fluxo de contrainformação vinda do governo não impede que os docentes se mantenham mobilizados, inclusive com o apoio dos estudantes da UEL, que também deflagraram greve nesta semana. Na próxima quarta-feira (4), os professores se reúnem em assembleia para decidir os rumos do movimento grevista.
A UNESPAR-Campus de Campo Mourão- apoia e reforça nossa união e nossa luta pelo respeito e valorização do ensino público, gratuito e de qualidade.
ResponderExcluirA UNESPAR-Campus de Campo Mourão- apoia e reforça nossa união e nossa luta pelo respeito e valorização do ensino público, gratuito e de qualidade.
ResponderExcluir