quinta-feira, 21 de maio de 2015

Em nova assembleia, professores definem rumos para movimento de greve

Reunidos numa nova assembleia na manhã de hoje (21), no Anfiteatro Cyro Grossi (Pinicão), professores da Universidade Estadual de Londrina (UEL) discutiram novos encaminhamentos sobre a greve, que já dura 27 dias. Ainda sem conseguir dialogar com o governo sobre suas demandas, os docentes optaram por manter o movimento que se intensifica em todo o Paraná com a adesão de outras categorias de servidores. 


Durante a assembleia, os professores debateram a importância da manutenção do movimento, visto que o governo se nega a dialogar sobre a data-base - o reajuste anual que repõe a inflação do período. Convidados, representantes da APP-Sindicato apresentaram um panorama sobre o cenário do movimento na rede estadual de ensino e destacaram a importância da união entre as categorias. Professores estaduais e universitários decidiram fazer um ato unificado pela educação em Londrina. 

Mesa formada por membros do Sindicato e do Comando Docnte

Os participantes voltaram a discutir a suspensão dos calendários de aula e do Vestibular 2016 - que foram aprovados pela última assembleia docente. A medida foi tomada, entre outros motivos, para que não haja prejuízos para os alunos da rede estadual de ensino, que estão sem aulas por causa da greve. Os professores decidiram intensificar as mobilizações dentro e fora da UEL para esclarecer a importância dessas ações que ainda dependem da aprovação do CEPE, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão.

Ao final da assembleia, os professores participaram de um ato em frente à reitoria para cobrar um posicionamento da reitora, Berenice Quinzano Jordão com relação às últimas decisões do movimento grevista. Os docentes pediram que Berenice saísse de seu gabinete para responder a algumas questões, como a aprovação da suspensão dos calendários da graduação e do vestibular. Berenice informou que todas as noticias que chegaram até ela foram encaminhadas aos órgãos competentes e que o posicionamento dela é em defesa da universidade.


Conversa com a Reitora. Foto Sindiprol Aduel

Movimento é considerado ilegal, mas continua

Os professores foram informados por representantes do Sindiprol/Aduel que a greve foi considerada ilegal e abusiva pela Justiça. Apesar da notificação, o sindicato pretende recorrer e a greve continua. Para os próximos dias já há calendário definido: na próxima quarta-feira (27), os docentes voltam a se reunir para organizar as mobilizações do dia 29 de maio – data em que o massacre aos servidores em Curitiba completará um mês. 

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